Fotos gentilmente cedidas por
JOSE APARECIDO TENÓRIO
Nasceu na cidade de Rolândia-PR em 24/03/1944, mudou-se com a família para a cidade de Mandaguari-PR em 1962, onde mora até hoje e está com 67 anos.
Foi um dos componentes da Fanfarra do Colégio Estadual Vera Cruz de Mandaguari, onde era o "corneteiro mór", nos tempos em que o instrutor da fanfarra era o professor Edgar Bugni.
Com a saida do prof. Edgar, José A Tenório, assumiu o posto de instrutor e permaneceu no cargo ate os anos 80.
JOSE APARECIDO TENÓRIO
Nasceu na cidade de Rolândia-PR em 24/03/1944, mudou-se com a família para a cidade de Mandaguari-PR em 1962, onde mora até hoje e está com 67 anos.
Foi um dos componentes da Fanfarra do Colégio Estadual Vera Cruz de Mandaguari, onde era o "corneteiro mór", nos tempos em que o instrutor da fanfarra era o professor Edgar Bugni.
Com a saida do prof. Edgar, José A Tenório, assumiu o posto de instrutor e permaneceu no cargo ate os anos 80.
A FANFARRA MUNICIPAL DE MANDAGUARI foi o maior
veiculo de propaganda e divulgação do nome da cidade de Mandaguari, nos Estados
do Paraná, São Paulo e Santa Catarina nos anos 80 e 90.
Fundada no início dos anos 80 a Fanfarra Municipal
de Mandaguari – “a gloriosa” como era conhecida, foi constituída com a união de
várias fanfarras menores que havia na cidade. Até os anos 80, quase todas as
escolas da cidade tinham sua própria fanfarra. Entre elas pode-se destacar a
Fanfarra do Colégio Vera Cruz, do Sagrada Família, São Vicente Palotti, Bom
Pastor, Jose Luiz Gori, entre outras.
Como cada escola tinha sua fanfarra, era preciso de
jovens para compor as mesmas, então as escolas mantinham instrutores e os
alunos da própria escola ingressavam ainda muito jovens nas fanfarras infantis
e juvenis para então quando viesse a estudar no Colégio Estadual Vera Cruz,
ingressar na tão cobiçada fanfarra do referido colégio. Com isto, havia sempre
uma base nas escolas primárias, preparando os futuros instrumentistas, que
quando viessem a estudar o segundo grau no Vera Cruz, já tinham preparo para
compor a fanfarra do colégio que já era formada por jovens.
Como era custoso
manter as fanfarras, houve uma união entre todas e a partir dos anos 80
fundou-se então a FANFARRA MUNICIPAL DE MANDAGUARI, com aproximadamente 120
componentes, tendo seu primeiro instrutor o engenheiro civil Sergio Chociai,
depois passou a ser comandada por Luiz Carlos Montovani
Muitos foram os componentes, homens, mulheres,
jovens, adultos, menores, maiores. Era a união de todas as classes sociais, não
havia distinção entre pobres e ricos, homens e mulheres, brancos e negros,
inclusive de todas as religiões tocavam na fanfarra. As viagens foram muitas
por todo o estado do Paraná, São Paulo e Santa Catarina. Foi campeã em quase
todos os concursos que participou.
A fanfarra tocava musicas variadas, desde
clássicas, sertanejas, internacionais e da MPB. Tudo isto era tocado sem que
nenhum dos integrantes tivesse estudado música, era tudo na prática e na
vontade e conhecimento do instrutor. Com instrumentos rústicos, meio na base do
improviso; as cornetas não tinham “pistos” ou seja, eram lisas sem teclas para
apertar para produzir as notas musicais, tudo era feito na forma de assoprar,
“no bico”.
Todos os integrantes participavam por amor, sem
remuneração, sem patrocínio, na maioria das vezes tinham que pagar seus
próprios uniformes. Nas viagens até as refeições da estrada eram pagas pelos
próprios. A prefeitura ajudava com os instrumentos e ônibus velhos para as
viagens.
Hoje muita gente se lembra com saudade da
“gloriosa” subindo a Av. Amazonas, em dias de desfile, com seus mais de 100
elementos entre instrumentistas e as meninas da comissão de frente. Era
fantástico ver a fanfarra tocar, todos se encantavam, era um orgulho da cidade.
A maioria dos adolescentes que tocaram, hoje são médicos, dentistas,
contadores, jornalistas, advogados, empresários, funcionários públicos,
veterinários, entre outras. Prova de que além de ensinar música àquelas
crianças, a fanfarra municipal de Mandaguari ensinou algo mais importante que
isto: ensinou educação e respeito ao próximo.
Pena que por falta de estímulo das autoridades da
época, a mesma veio a falecer, matando assim uma cultura tão bonita e tão
importante que a cidade já teve. “Ensina a criança no caminho que deve andar e
quando for grande não se desviará dele”, a fanfarra fazia exatamente este
papel, ensinava as crianças.
Gerson Calado
Francisco Inácio de Souza filho
Familia Bortolanza
Ronivaldo Ferreira
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